Já tinha passado da meia-noite (00:38 Hrs para ser mais
exato) quando pipoca na mídia a noticia mais aguardada dos últimos sei lá,
quatro meses (quando estourou a noticia de que o Ganso não queria mais jogar no
Santos) Paulo Henrique Ganso não é mais o “maestro” do Santos e é o novo camisa
8 do São Paulo.
Eis a nota emitida pelo site do Santos após o anuncio da
noticia:
“Em respeito a seus conselheiros,
associados e torcedores, o Santos FC vem a público anunciar que Paulo Henrique
Ganso não é mais atleta do Clube.
Considerando que:
1. O Santos FC fizeram
diversas tentativas para manter o atleta Paulo Henrique Ganso na Vila Belmiro,
incluindo proposta de Plano de Carreira e ofertas de aumento em sua
remuneração, todas recusadas pelo jogador, conforme documentos em posse da
direção do Clube;
2. O atleta, inclusive
por meio de seus procuradores, manifestou inequívoco desejo de deixar de vestir
a nossa camisa, culminando com sua inadvertida ausência do CT Rei Pelé desde o
dia 14 de setembro passado, à revelia da Comissão Técnica, o que levou o Clube
a descontar os dias de falta ao trabalho;
3- O São Paulo FC
apresentou sucessivas propostas ao Santos FC para aquisição dos direitos
federativos do atleta, insistentemente rechaçadas, culminando com oferta de R$
23.940.000,00 à vista, valor correspondente à participação em direitos
econômicos que o Santos teria para uma transação no mercado nacional;
4. O Santos FC está
acionando a empresa DIS no Judiciário, com respaldo em parecer de jurista
gabaritado, onde é discutido contrato lesivo a direitos do Clube, que envolvem
a cessão de 25% dos direitos econômicos de Paulo Henrique Ganso, Wesley, André
e outros quatro atletas;
5. A DIS ajuizou
processo de execução contra o Santos FC, em que pretende receber R$ 5,1 milhões
(conforme atualização feita por seus advogados), por força da negociação do
atleta Wesley ao Werder Bremen (Alemanha), especificamente pelos 25% dos
direitos econômicos abrangidos no contrato cuja ilegalidade está sendo
discutida no Judiciário (item 4 acima);
6. A ação de execução
promovida pela DIS foi garantida por imóvel oferecido à penhora pelo Santos FC
– CT Meninos da Vila -, para viabilizar a discussão do mérito das ações até um
final pronunciamento do mérito pelo Judiciário;
7. A DIS insurgiu-se
contra a penhora por meio de recurso de agravo de instrumento dirigido ao
Tribunal de Justiça, obtendo decisão favorável que bloqueou parte dos créditos
do Santos FC junto a patrocinadores e à Rede Globo de Televisão;
8. A penhora de crédito
é extremamente nociva ao fluxo de caixa do Clube, ao contrário da garantia
imobiliária que permitiria uma discussão do mérito sem impacto financeiro
negativo;
9. Por fim, o Santos FC
espera que o Judiciário reconheça a lesividade do contrato, em processo que se
tramitará sem traumas ao Clube, vislumbrando, portanto, um desfecho favorável à
nossa agremiação;
10. O Santos FC, sobretudo
ante ao inequívoco desejo do atleta de não mais vestir nossa camisa,
concordou em transferir o Paulo Henrique Ganso ao São Paulo FC pelo valor
líquido de R$ 23.940.000,00, mais percentual sobre lucro em venda futura, desde
que a DIS aceitasse desistir imediatamente da penhora de nossos créditos;
11. Conforme
repercutido na imprensa, o impasse realmente persistiu ao longo dos últimos
dias, até que a DIS concordou em substituir a penhora mencionada no item 7
acima;
12. O Santos FC,
conforme todos os esclarecimentos acima prestados, informa a seus associados e
à sua torcida que a cessão do atleta acabou formalizada após desgastante
processo negocial, em que se procurou a obtenção do melhor cenário possível a
nosso Clube;
13. A direção do Santos
FC esclarece que não pretende e que jamais permitirá qualquer dano a seu
patrimônio, registrando que a penhora no CT Meninos da Vila configura mera
garantia, necessária a viabilizar a defesa de nossos interesses, de forma a
invalidar contrato já considerado lesivo por nosso Conselho Deliberativo;
13. O Santos FC
considera virada esta página de sua inigualável e Centenária história,
colocando definitivamente um ponto final nesse episódio.”
Paulo
Henrique Ganso estreou pelo Santos em 2009, na época que o time foi
vice-campeão paulista mais que passou por sérias dificuldades no Brasileirão
escapando do rebaixamento já nas ultimas rodadas, algo bem diferente do ano
seguinte, em que na gestão do LAOR e pelas mãos do Técnico Dorival Jr e no time
que tinha Neymar, Robinho, André entre outros conquistaram a admiração de
muitos com um futebol moleque, dancinhas irreverentes e ganhando títulos, as atuações
dele eram tão boas que boa parte do país (inclusive esse que vos fala) pediu a
convocação dele para a copa do mundo daquele mesmo ano, algo que não ocorreu.
Ganso
e seu “futebol de terno” encantaram o Brasil até aquela fatídica partida contra
o Grêmio no Olímpico Monumental, em que ele, num lance sozinho, rompeu os
ligamentos e ficou afastado até fevereiro de 2011, quando voltou ao time, mais
já não voltou com aquele futebol vistoso de antes, e já nesse tempo ele
reclamava de ser desvalorizado pelo time.
Ele
voltou e se machucou logo em seguida, mais voltou a tempo de se sagrar campeão
da libertadores (já havia conquistado o Paulista, mais sem jogar) e advinha? Eis
que ele se machuca de novo!
Mais ele
voltou para o restante do Brasileiro (com atuações patéticas) e jogou o mundial
(o primeiro jogo dele foi horrível, o segundo, o time inteiro foi uma lastima).
Esse ano,
mais do mesmo, reclamações da parte dele, do clube, atuações patéticas e
lesões, quando enfim ele engatou uma boa sequencia de jogos, ele se machuca e
depois volta se arrastando em campo, ainda assim foi chamado para a seleção olímpica
e depois voltou ao Santos para tratar uma nova lesão até faltar na fisioterapia
de ontem e antes de ontem e assinar o destrato nessa madrugada.
Resumindo:
a história do Ganso se resume há um belo primeiro semestre de 2010 e de lá pra
cá títulos, lesões, guerra contra a diretoria e atuações bisonhas.
Ganso
foi o jogador mais superestimado que eu já vi, talento ele tem, e muito, mais
ele foi eleito o camisa 10 do Brasil sem jogar, até ontem quando o Oscar
apareceu, todos acreditavam que o fracasso do inicio da era Mano Menezes se
dava pela ausência do agora camisa 8 do São Paulo, ele reclamou de
desvalorização certo? O cara, que já teve uma contusão com 16 anos no joelho direito
e foi custeada a cirurgia e recuperação pelo clube, diga-se de passagem, depois
sofreu uma contusão do mesmo jeito no outro joelho, novamente o clube arcou com
todas as despesas e mesmo sem jogar, o clube oferece um contrato igual ao do
Neymar, e não foi apenas uma vez que esse contrato foi oferecido, em outras
duas oportunidades o time tentou fazer com que ele assinasse o vinculo, ele não
quis.
O
mesmo Ganso veio nos microfones e reclamou que a torcida o chamava de
mercenário, bem, acho que é assim que se chama uma pessoa que troca um real por
um e cinquenta, vejam bem, acho certo uma pessoa que trabalha querer as
melhores condições pra ela, mais não dessa maneira que ele fez, foi ridículo o
mimimi e as atuações risíveis que em nada lembravam aquele grande camisa 10,
camisa 10 este, que quando teve a confusão entre Neymar e o Dorival Jr, todos
pensavam que ele tinha mais “juízo” que o Neymar, mais as suas atitudes
provaram o contrário, ele é apenas mais um dessa geração de jogadores mimados
que estamos criando.
Para o
Santos foi um bom negócio, se livrou de um cara que não vinha merecendo usar a
10 que já foi do Pelé (P-E-L-É viu Ganso, Pelé), viu entrar um bom dinheiro no
cofre (convenhamos, 23 milhões 941 mil dá pra viver bem rsrs) e desse montante,
nenhum centavo irá parar nas mãos da DIS, que fez de tudo para o Ganso sair,
pelo contrario, ela teve de colocar dinheiro no negócio e o Santos nem sentira
falta do Ganso, pois, há muito, ele não joga pelo time.
Para o
São Paulo é um negocio de risco, pois foi investido uma boa grana, em um cara
que não se sabe se ele consegue jogar três jogos seguidos, com os dois joelhos
operados (duas rupturas de ligamento, algo gravíssimo), de grandes problemas
musculares e que pode vir a fazer a mesma coisa com o tricolor no futuro (o
time aposta recuperar o atleta no seu Refis, que é um dos melhores do mundo
vale registrar, mais e se não der certo?).
Para o
Ganso, parabéns, ele conseguiu o que ele queria, sair do clube.
Para a
DIS, foi prejuízo.
Para a
torcida do Santos, foi um alivio, ela já tinha perdido a paciência com ele há
muito tempo, ela entende que o Santos está acima de qualquer jogador e não é um
Ganso da vida que irá mudar isso e que, com esse dinheiro, dá para trazer bons
atletas para reforçar o time, fala-se em Robinho, Riquelme (?), veremos o
desenrolar disso.
Para a
torcida do São Paulo, como as coisas mudam né? Vocês mesmo que chamaram o Oscar
de traidor, judas, mercenário e coisas do tipo, agora dizem que “tem que ver o
lado do cara”, não estou recriminando vocês não, afinal, vocês querem o melhor
para o seu time, mais eu apenas estou dizendo isso para vocês e todos verem
como o futebol é cheio de mimimi desnecessário e paixão que cega a sua torcida,
o time que é ajudado pelo Robin wood de hoje é o mesmo que será roubado por ele
amanhã, o Oscar de ontem é o Ganso de Hoje e o Joãozinho de amanhã,
infelizmente o futebol é um grande negocio.
Para o
Ganso, boa sorte, você vai precisar (principalmente seus joelhos de vidro)...
Abs a
todos
fonte das imagens: globoesporte.com, gazetaesportiva.net, estadão.com.br, espn.com.br.
Parabens ao autor, voce foi brilhante, e o mais importante: a camisa 10 do Santos foi usada e imortalizada por nada menos que o Rei Pelé, e o peso dessa camisa deve ter danificado os joelhos do Ganso.
ResponderExcluirobrigado Regis, volte sempre ao blog, é, a camisa 10 do Santos não é pra qualquer um, ele provou não ser digno dela, isso deve explicar seus joelhos machucados
ExcluirAo Laor faltou um pouco de Eurico Miranda. Poderia ter pedido o que quisesse pelos 45% que os caras pagavam...
Excluirtalvez Sergio meu xará, mais se lembrarmos, se fosse na gestão marcelo teixeira,e o são paulo tivesse batido o pé, talvez teria saido por um valor menor, mais eu não discordo não, talvez daria para ter negociado por um montante maior
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